Estudou no Severino Vieira
O colégio, para quem não sabe, fica no bairro de Nazaré, em Salvador,
onde Caetano e Bethânia moravam quando vieram para a capital para
estudar.
Foi no Severino Vieira que, aluno da professora Neide Candolina
(consagrado a nome de colégio), se safou da recuperação ao tirar 10 em
uma prova oral de português. Caetano também a homenageou, na canção
“Neide Candolina”, gravada em “Circuladô” (1991).
2 –
Foi Coreógrafo e bailarino de Chá Chá Chá
Pouca gente sabe que entre os muitos talentos do autor de “Muito”
está este. Caetano e Bethânia chegaram mesmo a fazer espectáculos
dançando chá-chá-chá no colégio e nas casas de amigos e parentes, ainda
muito jovens, em sua cidade natal.
As imagens, gravadas no terreiro do Gantois, em Salvador, foram
captadas para o documentário “Circuladô” (1992), de José Henrique
Fonseca e Walter Salles Jr., sobre os 50 anos de Caetano Veloso.
3 –
Sofreu um atentado à bomba
Na época o caso provocou rebuliço e abriu os noticiários, é óbvio.
Mas, hoje quase ninguém se lembra de que a casa onde Caetano Veloso
morava com Paula Lavigne, ainda em Ondina, antes mesmo do nascimento de
Zeca, primeiro filho do casal, sofreu um atentado com um cocktail
molotov e tiros de revólver.
Aconteceu no dia 26 de Janeiro de 1990. Coincidência ou não, 15 dias
antes Caetano tinha feito críticas públicas ao então prefeito da cidade.
Doído com as queixas do cantor contra a gestão do seu apadrinhado
político, o empresário espanhol Pedro Irujo, radicado na Bahia e então
dono da estação televisiva Itapoan, usou o veículo de comunicação para
humilhar o artista a quem chamou de “
mau-carácter e descarado”.
Caetano, evidentemente, ficou assustado com o atentado. Disse à imprensa que “
se alguém queria me intimidar, conseguiu. Estou com muito medo, mas não deixarei de fazer as críticas que acho necessárias”.
4 –
Já realizou um filme e escreveu criticas cinematográficas
O filme se chama “O Cinema Falado” (1986) e, como muitos lançamentos musicais de Caetano, provocou a maior confusão.
Lançado no Fest-Rio, na mostra não-competitiva, não faltou quem
quisesse falar mal do cinema falado, mesmo antes de vê-lo. O cineasta
Arthur Omar foi um dos críticos mais agressivos. Assim também a
realizador Suzana Amaral. Como sempre, o baiano não ficou calado: “
Burrice agressiva contra o que me interessa eu não perdoo nunca”.
O filme, estruturalmente inspirado no romance “Três Tristes Tigres”,
do cubano Cabrera Infante, todo escrito com monólogos justapostos, tem
longas cenas separadas por capítulos como “Música”, “Cinema” e
“Pintura”. No elenco estão, entre outros, Hamilton Vaz Pereira, Paulo
César de Souza, Regina Casé, D. Canô e Maurício Mattar.
A fase crítico de cinema de Caetano Veloso começou ainda em Santo
Amaro, onde escrevia para o jornal “O Archote”, entre 1960 e 1962. Segue
um excerto do que escreveu sobre “Rocco e Seus Irmãos” (1960), de
Visconti: “
É o maior dos grandes filmes modernos. A
objectividade com que encara os problemas do homem actual, discutindo
dialéticamente o seu drama social, faz dessa obra um dos maiores
acontecimentos artísticos do mundo moderno”.
E sobre “Fúria de Viver” (1955): “
Talvez quem dá a maior dose
de autenticidade ao drama é James Dean que sabe tirar proveito de sua
beleza revolucionária (se podemos dizer assim), construindo um
personagem em cuja expressão facial angustiada e cínica se encontra
revoltada denúncia que o filme não teve coragem de fazer: a denúncia
contra uma sociedade burguesa decadente que causa, com sua falsidade
moral e religiosa, todo o desespero ético e metafísico da geração nova”.
5 –
Nunca fez nenhum anúncio
E também jamais permitiu que nenhuma das suas composições fosse banda sonora de algum anúncio.
Essa atitude, da parte de um artista que sempre defendeu e mesmo
exaltou a saúde do mercado; que colocou na contracapa-roteiro do disco
“Tropicália – ou panis et circenses” a pergunta-provocação: “
Como receberão a notícia de que o disco é feito para vender?” que mencionou pela primeira vez a coca-cola numa uma canção; ganha ainda mais em potência informativa.
6 –
Perdeu uma filha
E como nem tudo é só alegria na vida de um super-herói: a sexta
curiosidade é um anti-aniversário: a triste morte de Júlia, filha de
Caetano com Dedé que morreu logo após nascer prematuramente, no início
de 1979.
Na época o jornalista Reynivaldo Brito conseguiu falar com o cantor por telefone e fez uma reportagem para a revista Manchete. “
Vocês
podem fazer um pequeno registo de que estamos arrasados com o que
houve. Porque esperávamos que ela sobrevivesse. Mas a vida é assim
mesmo. E vamos para frente”, disse Caetano, que agora prepara para Outubro um concerto com os seus três filhos: Moreno, Zeca e Tom.
7-
Dublou Aramandinho a cantar Beleza Pura
Aconteceu no início dos anos 1980, onde Caetano subiu ao palco para cantar/dublar “Beleza Pura”, aquela que fala em “
moço lindo do Badauê”. Soltam o som e era a gravação d’”A Cor do Som”, na voz de Armandinho.
Pensam que Caetano se fez de rogado? Nada. Dublou tudo direitinho até
o final como se nada tivesse acontecido e todo mundo ficou satisfeito.
Depois, segundo Jorge Alfredo, o cantor teria lhe dito algo assim: “
Essa gente é tão boa connosco, eu não iria magoá-los por causa de um detalhe”.
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