João
era conhecido pelos amigos como: Zé Maconha. Em tempos de “vacas
magras” ele cultivava a erva na casa de um amigo, a esposa deste era a
encarregada de regar a planta, ela não sabia do que se tratava.
Em
1962, João deu um “piti” antes de começar seu show no Carningie Hall, o
violonista disse que não faria o show se o vinco de sua calça não
estivesse paralelo a costura lateral, Dora Vasconcelos que era
cônsul-geral do Brasil nos EUA, na ocasião, foi a encarregada de arrumar
o vinco enquanto João esperava de cueca no camarim.
Algumas
pessoas afirmam que o cantor tem fobia social, um dos episódios mais
emblemáticos causado por essa fobia aconteceu com a cantora Elba
Ramalho. Elba entrou em contato com João, pois queria vê-lo, o mesmo
perguntou se ela tinha um baralho e pediu que levasse, quando a cantora
chegou no apartamento de João, o músico pediu para que ela passasse o
baralho por baixo da porta e não a recebeu.
O
violonista tinha um fascínio pelo banheiro, mais precisamente pela
acústica do local. Existem relatos que a levada de bossa nova foi criada
por João no banheiro de sua irmã, em Diamantina.
Em
1963, enquanto gravava “Samba de uma Nota Só”, com Stan Getz, João,
irritado, pediu para Tom Jobim: “Diga para esse gringo que ele é burro”.
Jobim repassou a mensagem da seguinte forma: “Stan, o João está dizendo
que o sonho dele sempre foi gravar com você”. Getz respondeu:
“Engraçado, pelo tom de voz, não parece que é isto o que ele está
dizendo”.
Ele
fazia vários testes para saber o quão baixo poderia cantar e ainda ser
ouvido, ele deixava a porta do apartamento aberta e pedia para alguém
ficar no outro extremo do corredor ouvindo ele cantar “O Pato”. Isso
irritava muito a galera.
João
era conhecido por ser uma pessoa muito “ensaboado”, ou como se diz hoje
em dia “liso” (pessoa boa de lábia). Ele se aproveitou dessa habilidade
para dividir apartamento com vários amigos, sem dividir as despesas e
ajudar na limpeza.
Sua voz delicada cantando "Garota de Ipanema" continua a cativar o
mundo quase 60 anos depois de sua gravação, mas João Gilberto, o pai
perfeccionista da Bossa Nova, agoniza longe da placidez de sua música.
Arruinado, doente e vivendo sozinho em um apartamento emprestado no
Rio de Janeiro, a tristeza que cerca esse artista de 86 anos parece não
ter fim.
Há anos, João Gilberto está no centro de uma truculenta disputa entre
seus filhos mais velhos, os músicos João Marcelo e Bebel Gilberto, e
sua última ex-esposa Cláudia Faissol, uma jornalista quarenta anos mais
jovem que ele e mãe de sua filha adolescente.
Bebel e João Marcelo acusam Faissol de se aproveitar do lendário músico baiano, mas o enredo não é apenas sobre dinheiro.
"Em sua obsessão pelo controle, João Gilberto tinha como ambição
apenas parar o mundo para exercer sua arte. Diante do microfone,
conseguiu. Fora do palco, foi o contrário - nunca teve controle sobre
sua vida. Habituou-se a delegá-la a outros (...) mas a vida escreve seus
próprios arranjos e, pior, às vezes desafina feio", escreveu Ruy
Castro, autor do livro sobre a Bossa Nova "Chega de Saudade", no jornal
Folha de S. Paulo.
- Um gênio excêntrico -
Apesar, ou em razão de sua genialidade, João Gilberto nunca foi uma pessoa fácil de lidar.
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